Uma breve história sobre o bairro da Santa Mônica. Um recorte no tempo para falar sobre este bairro pouco destacado na mídia.
Pedagogos
"Vamos em frente, o conhecimento é para todos. Desistir nunca! Pois uma vez dentro desta área que é a educação, só saimos quando aprendermos tudo, o tanto difícil para meros mortais".
Hugo Barbosa
Hugo Barbosa
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Bairro Santa Mônica, Salvador - Bahia.
Prezados leitores antes de começar a história do bairro Santa Mônica, na cidade de Salvador na Bahia. Devemos nos remeter aos fatos principais que fez crescer comercialmente a cidade ainda no período colonial. Uma questão que de certa forma contribuiu para as mudanças ao longo dos anos foi o exôdo rural, a saída das pessoas das roças para a busca de aportunidades na cidade, na zona urbana, em momento de industrialização. Bem, de fato uma passagem historica foi o 18 de julho de 1822, quando Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque D'Ávila Pereira (herdeiro do Morgado dos Garcia D'Ávila), o Coronel Santinho como ficou conhecido, acampou no bairro de Pirajá, bloqueando, o que poderiamos chamar de "arteria principal do comércio", a famosa Estradas das Boiadas. Uma rebelião militar contra a ditadura do português Madeira de Melo. Com uma tropa formada por negros e índios (armados de arcos e flechas, com experiência na preparação de emboscadas) vale o destaque para o índio Bartolomeu, também conhecido como Jacaré, chefiou uma tropa de índios tapuias flecheiros oriundos do Maçarandupió, Soure e Mirandela, no litoral do Estado. Sua tropa de índios integrou a Companhia da Torre dos Garcia D'Àvila, comandada pelo Tenente Agostinho Moreira Sampaio, e juntos participaram da Batalha de Pirajá, na madrugada de 8 de novembro de 1822, quando as tropas portuguesas tentaram tomar a região de Pirajá, sendo derrotados. Esta situação de guerra culminou na independência da Bahia em 2 de Julho de 1823. Trazido esse contexto histórico, mesmo que breve, podemos então ir para outra situação. A Estrada das Boiadas e sua relação com os bairros de Salvador, principalemente, os bairros da Liberdade e Santa Mônica. Bem, primeiro vamos falar sobre a Estrada das Boiadas. Ela ligava o Sertão desde Piauí a Salvador, o fato é que era utilizada para transportar o gado que abastecia a cidade, que era comercializado, antes de seguir para a capital, na Feira do capuame (atual Dias D'Ávila). Bairro da Liberade, que recebeu esse nome graças ao exercito libertador liderado pelo Coronel Santinho, que já foi citado anteriormente acima, assim, a estrada das boiadas passou a ser chamada de liberdade. O bairro da Santa Mônica está ao lado do bairro da liberdade, o que o torna uma "veia" da "arteria do comércio" a estrada das boiadas. O crescimento destes bairros se dá por todo esse processo de mudanças ao longo dos anos na historia.
Essas terras possuiam a grandes empresas, que mais tarde se juntam, ou como diz na linguagem empresarial, fizeram fusão, criando assim grande grupos de alglomerados de empresas. Primeiramente observamos a linha do tempo desses gênios e criadores dessas empresas, em seguida como se deu a evoluação dessas empresas.
LINHA DO TEMPO
Grupo José de Mello:
30 de Junho de 1871
Nasce Alfredo da Silva, o maior génio industrial que o Portugal viria a conhecer.
22 de Agosto de 1942
Morre Alfredo da Silva.
Mais do que um dos maiores grupos económicos, Alfredo da Silva deixa aos seus sucessores um projecto sempre inacabado, com uma divisa que faz juz à sua filosofia de vida: "Mais e Melhor".
Seguindo o lema do fundador da CUF, D. Manoel de Mello e seus filhos, Jorge de Mello e José Manuel de Mello, prosseguem diversificando as atividades da CUF.
UNIÃO FABRIL
A origem do Grupo CUF 1865, data em que lhe foi concedido o alvará de licenciamento para a produção de sabões, produção de estearina (velas de estearina) e óleos vegetais. A CUF realiza elevados investimentos na indústria dos adubos..
A Companhia União Fabril tornou-se então num gigantesco conglomerado empresarial, com forte presença na indústria ligeira e pesada, banca e seguros, bem como noutros serviços, de tal modo diversificado que era comparável aos tradicionais zaibatsu e chaebol japoneses e coreanos. Detinha ainda um clube desportivo, o Grupo Desportivo da CUF, que competia nas principais divisões nacionais, incluindo o mais alto patamar do futebol português, e levava o nome da empresa a todo o país.
No início de 1974, antes da Revolução dos Cravos a 25 de Abril desse ano e sua posterior nacionalização, a CUF era um conglomerado que detinha as seguintes empresas.
Depois de 25 de Abril de 1974
Após a sua nacionalização por ordem dos governos que se seguiram à revolução do 25 de Abril de 1974, a CUF ficou desmembrada e enfraquecida. Muitos profissionais especializados, equipes de gestão e outros quadros superiores viram-se obrigados a abandonar o país, incluindo elementos da família fundadora da empresa.
Após um longo processo, elementos da família Mello conseguiram reerguer o grupo, que apesar de ter um peso considerável na economia portuguesa actual, está longe da grandiosidade do passado. Atualmente a CUF é uma holding pertencente ao Grupo José de Mello e detém participações em várias empresas do sector químico, detendo também uma posição de 3% no capital do Banco Comercial Português (BCP), o maior grupo financeiro privado português.
SURGE O GRUPO CIA PROGRESSO – FUSÃO COM A UNIÃO FABRIL
O Grupo Cia Progresso tem suas raízes na família Martins Catharino através do Comendador Bernardo Martins Catharino e de sua filha Ursula Martins Catharino que casou com Almir de Azevedo Gordilho e tendo como filho Luiz Martins Catharino Gordilho.
O iniciador desta dinastia foi o COMENDADOR BERNARDO MARTINS CATHARINO que nasceu em Portugal no dia 3 de julho de 1861 e chegou ao Salvador em 1875 para trabalhar na empresa Joaquim José da Costa & Irmão.
Ele veio de “encomenda”, expressão usada na época para designar que viera com um emprego acertado.
Em o tempo tornou-se sócio dessa empresa, participou de varias associações com outras empresas e foi eleito diretor presidente da Companhia União Fabril. Ao pouco tempo incorporou àquela firma a Companhia Progresso Industrial.
A fusão entre as Fábricas Progresso e a União Fabril gerou a Companhia Progresso União fabril, maior parque industrial de tecidos da Bahia incorporando sete fábricas de tecidos :Santo Antonio do Queimado, Nossa Senhora da Conceição, São Carlos do Paraguaçu, Modelo, São Salvador e Nossa Senhora da Penha, chegando a empregar dois mil operários.
Nas décadas de 30 e 40 era o maior credor do Governo. Foi grande acionista do Empório Industrial do Norte, da Usina Cinco Rios, do Banco Econômico da Bahia,do Banco da Bahia, da Companhia de Seguros Aliança da Bahia, da Companhia de Seguros Sul América e da Companhia Sagres.
Seus investimentos e propriedades incluíam a Companhia Usina Bom Jardim – antigo Engenho Central do Bom Jardim, o Haras Bom Sucesso, a ilha de Cajahyba, adquirida em 1918, a ilha dos Frades ou Loreto, o Engenho Novo, Engenho Britos, depois chamado de Nova Suissa, o Engenho Quibaca, a ilha Pequena,Sociedade na Fábrica de Papel Tororó em Cachoeira, sociedade na Fábrica de Tecidos Petrópolis, no Rio de Janeiro, na Cascatinha.
Recebeu o título de Comendador da Ordem da Rosa ,por sua ação na Santa Casa da Misericórdia em Feira de Santana.
Com a direção do empresário LUIZ MARTINS CATHARINO GORDILHO foi que os negócios iniciados pelo COMENDADOR BERNARDO MARTINS CATHARINO tiveram continuidade, passando a atuar com mais intensidade no ramo de administração de bens próprios como a locação e venda de imóveis, já que em virtude da fusão as propriedades adquiridas passaram a compor o seu amplo patrimônio.
Teve uma visão importante no ramo turístico investindo em grandes extensões de terras em Imbasahy, quando ninguém acreditava nessa possibilidade.
Foi o responsável pela instalação do Consorcio EADI - Salvador Logística e Distribuição sendo sua participação decisiva na formatação do negocio.
Consolidou a participação na Fábrica de Gases Industriais Agro-Protetoras - Fagip e o controle empresarial da Companhia Progresso.
Foi presidente da Cia. de Navegação Bahiana e teve destacada atuação em muitas outras entidades de negócios.
O empresário teve uma participação ativa junto a entidades civis, religiosas, culturais e militares, sendo agraciado com vários condecorações entre elas : ao Mérito de Santos Dumont (aeronáutica); a Medalha Tome de Souza (Prefeitura de Salvador); a Medalha ao Mérito (Policia Militar Bahiana); a Medalha do Pacificador (Exercito).
É bom salientar que sendo um esportista ativo e um empresário de amplo relacionamento na comunidade foi também Presidente do Esporte Clube Vitória e do Clube Bahiano de Tênis.
Depois de sua ausência física e, dando continuidade a seu trabalho, o GRUPO CIA PROGRESSO é dirigido por sua viúva D. Ana Maria de Oliveira Gordilho, com a participação de seus filhos Luiz M. Catharino Gordilho Filho, Paulo Catharino Gordilho, Eduardo Catharino Gordilho e Jorge Catharino Gordilho .
O grupo está aberto para novos negócios e empreendimentos que venham fortalecer a sua atuação na cidade de Salvador sendo que alguns deles encontram-se em avançados estudos de viabilidade econômica.
RECENTEMENTE O BAIRRO GANHOU UMA PRAÇA
A FOTO ACIMA MOSTRA O ÔNIBUS SEGUINDO EM DIREÇÃO AO BAIRRO IAPI
ENTREVISTA COM UM MORADOR DO BAIRRO, DE NOME MIRALDO, MAS CONHECIDO COMO "SAMIL".
O QUE VI DESDE O INÍCIO DA DÉCADA DE 80.
Um dos mais antigos moradores do bairro Santa Mônica, o Sr. Miraldo ou "Samil" como gosta de ser chamado, e por já ser conhecido por muitos por esse pseudônimo narra um pouco sobre o que viu e viveu desde o início da década de 80, quando saiu de sua terra natal no interior da Bahia para a cidade de Salvador, com o intuito de encontrar um futuro promissor, já que estava sem emprego, e com um filho novo para criar juntamente com sua mulher, aqui Samil encontra ruas sem asfalto, que ficam alagadas a cada tempo de chuva, com muito mato...aproximadamente no final da década de 80 início de 90 na gestão do até então prefeito Mario Kertz, as ruas começam a ser asfaltadas. No dias atuais (ano 2014) o então prefeito em vigor ACM Neto faz propostas de um novo asfalto nas ruas do bairro Santa Mônica. O Sr. Samil relatada que onde hoje está construido seu imóvel, o terreno era de propriedade da União Fabril, de quem o mesmo comprou o imóvel, segundo o entrevistado, hoje o terreno pertence a COHAB, Companhaia de Habitação Municipal.
REFERÊNCIAS
A Bahia na Independência Nacional. Cartilha 2 de julho. Disponível em, Acessado em, 05 de junho de 2014 as 10:04.
ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. 3. ed. Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982 (Coleção Reconquista do Brasil). O Morgado da Torre. Disponível em, Acesso em, 05 jun de 2014 as 10:02.
Companhia União Fabril. Disponível em. Acesso em. 24 de jul de 2014 as 09:07
Cia Progresso. Disponível em. Acesso em. 24 de jul de 2014 as 09:02
Grupo José de Mello. Disponível em. Acesso em. 24 de Jul de 2014 as 09:10
Texto de Hugo Barbosa dos Santos
Graduando em Licenciatura Plena - CAMPUS I - DEDC -UNEB.
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Recordo-me com muito alegria deste bairro, principalmente a rua Dr. Aristides de Oliveira, que "corta" todo o bairro do campinho de futebol proximo ao Conjunto Bahia até o final de linha de ônibus (não sei se existe ainda) que fica proximo a uma ladeira que liga ao bairro IAPI ((Instituto de Aposentados e Pensionistas da Industria).
ResponderExcluirFiz muitos amigos, brinquei de bicicleta, joguei bola (o famoso golzinho, uma pedra separada da outra contados 4 ou 5 passos). O morcego na porta traseira do busu (quase levei uma surra neste dia, meu amigo "J" não escapou. Me senti culpado por isso). Finais de semana jogando dominó das 8 horas da manhã até 10, e as vezes 11 horas da noite. Valia apena, um convivio entre amigos. As picuinhas, os atritos, existiam também. Mas, acredito ser comum em qualquer sociedade, faz parte do contexto.
Impressionante como um pequeno esforco em uma pesquisa, nos faz perceber a riqueza de dados historicos de onde moramos, de um lugar, de uma pessoa, etc.
ResponderExcluirHugo, meu marido morou no seu bairro, a casa dele ficava perto da San Martins, ele viveu lá até a adolescência. Foi muito importante perceber que bairros como o seu contribuíram para o progresso da cidade.
ResponderExcluirAs situações de guerra estão presentes no contexto histórico do seu bairro e em outros que li. Como relata o morador que você entrevistou, a situação de infra estrutura precária nos bairros desde décadas anteriores ainda são promessas dos nossos atuais governantes, que nunca conseguiram solucionar (e nem se esforçam para isso). Seria ótimo se eles lessem todos esses blogs para perceberem que eles deveriam cuidar mais desses bairros que são historicamente responsáveis por nossa cidade ser conhecida no Brasil e no mundo, mas enquanto isso... eles priorizam as classes que moram em bairros "planejados" (de classe alta), sem riqueza histórica nenhuma! Valeu colega por compartilhar tais informações.
ResponderExcluirGostei de saber que o contexto histórico é o mesmo do meu bairro (Pirajá), onde fala sobre Madeira de Melo, Estrada das Boiadas e Independência da Bahia que retrata momentos importantes da história da Bahia.
ResponderExcluirLer seu blog proporcionou mais um momento de informação,cultura,valorização e resgate cultural.Fui duas vezes ao bairro,mas nem imaginava a importância histórica do local.Parabéns!
ResponderExcluirNão me lembro quando comecei a ir até o bairro da Santa Mônica pois o conheço desde que me entendo por gente, meus pais ja moraram lá e até hoje vou visitar minha tia e primos que moram lá. Também tinha os meus padrinhos que possuíam um armarinho que depois virou um mercadinho, hoje eles já não moram mais lá se mudaram para outro bairro. Lembro que lá tinha umas vales a céu aberto, hoje já estão fechadas. Ouço falar muito sobre a violência do bairro mas quanto a isso Salvador está toda em pé de guerra rsrsr. Apesar de tudo gosto do bairro, até hoje o visito e lá tenho vários amigos que mantenho contato sempre que posso.
ResponderExcluirInteressante Hugo essa sua pesquisa, pois, morei no bairro de Santa Mônica mas não conhecia essa história. morei num trevo que existia entre o IAPI e o bairro de Santa Mônica, realmente era complicado quando chovia muito. Parabéns pela pesquisa.
ResponderExcluirParabéns Hugo, sua pesquisa esta bem interessante, eu não conheço muito dos bairros de Salvador, mas com pesquisas como esta tenho aprendido muitas coisas. Acredito que deveríamos valorizar nossa própria história e paar isso é necessário valorizar a história do lugar onde vivemos. Sucesso.
ResponderExcluirNão me recordo do Miraldo ou Samil. Na época citado por ele, década de 80, eu tinha 10 anos de idade. Conforme já informado pelo Samil, havia muito mato aquela época. O lugar em que eu vivia ficava próximo aonde instalaram o Posto de Saúde da Família da Santa Mônica. Ali havia um campo de futebol improvisado, uma área meio pantanosa com grande diversidade de plantas. Lembro de uma planta com folhas enormes, que chamávamos de "Cocó" (o garoto novo no bairro entrava no mato pra fazer necessidades fisiológicas, quando percebia que não tinha papel higiênico, ou qualquer outro papel, gritava aos amigos da pelada para que conseguissem papel... a gente respondia: "usa essa folha grandona que tem aí perto de você!" O garoto usava... e saia doido do mato, correndo como louco...a folha de cocó coça tanto quanto a urtiga, mas não queima...). Hoje vivo numa cidade do interior, numa zona rural, e, por aqui, ninguém sabe o que é "cocó". As brigas de ruas eram frequentes. A gente morava entre à Paraguai, rua do famoso Cafezinho, inimigo declarado da rua transversal à Rua de Baixo (Hoje, Rua Mário Kertész) onde eu vivia, e a Rua de V* (V* era o dono da única agência de bicicleta naqueles tempos... a agência de bicicleta de C* veio depois). A garotada daquela época brigava com gosto. Mas era só falar na famosa kombi azul do Juizado de Menores, que o mais valente pivete corria feito doido. Até a bola a gente esquecia no campo, quanto mais as "arraias" (hoje, só usam pipas... na época, pipas eram coisa pra grã-fina, usadas só por gente da "Rua de Cima" ou da "Rua do Meio" - existia a Rua de Baixo (hoje, Rua Dr. Aristides de Oliveira), onde fica o PSF hoje, a Rua do Meio (hoje, Rua José Edvaldo Galvão), onde ficava a Padaria 21 de Abril(?) e a Rua de Cima (hoje, Rua Edgar Chastinet), onde ficava uma Serraria que passou por um sinistro; na Rua do Meio e na de Cima só vivia o povo que tinha muita grana). Não brigávamos com os garotos da rua de cima. Eram protegidos demais pelos pais. O único garoto que a pivetada da Rua de Baixo conhecia lá do alto morava na Rua do Meio. A gente o chamava de Leléu. Garoto tranqüilo, e sempre participava de nossas brigas com a rua de Cafezinho. Havia um chafariz na Santa Mônica, chafariz antigo mesmo. Ficava na região conhecida como "Cariri". Também havia uma orta na Santa Mônica. Quem morou lá, sabe do que estou falando. Tudo era plantado naquele espaço. Inclusive arroz. Sei por que a garotada estava sempre pulando a cerca para furtar verduras para fazer cozinhado. Onde moro atualmente, muita gente nunca viu um pé de arroz; digo isto porque nunca ouvi falar de outra plantação além daquela (de Seu *...., hoje falecido. Que Deus o tenha como sempre teve). Guardo boas lembranças daqueles tempos. A criançada que nasceu na Santa Mônica após a urbanização ficaria impressionada com as noites iluminadas por vaga-lumes, pela presença dos "combotás" nas lamas, pelas muitas gias e sapos, pela quantidade de estrelas no Céu. Vivendo aqui, na roça, em Conceição do Jacuípe, procuro talvez resgatar um pouco daquele tempo. Minha família tem um terreno grande o suficiente para se plantar de tudo, desde o milho ao amendoim, feijão, melancia e abóbora, jenipapos, coqueiros, pés de carambola, acerola, bananeiras etc.
ResponderExcluirprezado Caboclo, que ótima história o senhor esta´contando, sou morador do bairro da santa monica desde o meu nascimento, e moro até hoje no bairro, próximo da horta do finado juvino, a qual foi citado pelo Srº, e fico feliz por conhercer de forma bem precisa cada relato do senhor e afirmo a veracidade de tudo que foi relatado e com maestria, pois, em conversa com pessoas mais antiga sempre ouvir o que o senhor relatou, ex.: as guerras entre essas ruas as brincadeiras, as histórias das rãs e gias(essas cheguei a ver rs. Sou grato por poder está lendo tudo que foi citado por ti. parabéns pela memória.
ResponderExcluirAo blog parabéns por contribuir com essas informações a respeito do bairro, senpre tive curiosidade de saber o significado da palavra IAPI, e lendo o blog pude descobrir sua origem rsrs, e afirmo que fico feliz por saber desse fato histórico, a participação do bairro na expansão e crescimento do nosso estado e municipio, que legal...
parabéns pelas informações e fico muito grato comno morador.
Comecei fazer uma pesquisa sobre bairros de Salvador, aí vim fazer sobre o bairro onde morei , todas as histórias verídicas sair de Salvador na década de 90 com meus 14 anos , e vim morar em Sergipe, verdade sobre as arraias que hoje pipas , jogava gude com os meninos, Cariri conheço bem morei próximo , não sei o certo onde tinha essa horta era a mesma que ficava mas próxima do cariri onde joguei muita gude com os donos, e na rua principal jogava bola onde chamava mais de rodagem, meu tio matava porco e carneiro pra vender na feira da liberdade, ele é conhecido como Duduga. Ele hoje tem uma barraca de verduras. Sou dilson
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